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Departamento de esculturas. França séculos XVII e XVIII.
Altura: 2,70 m ; Largura: 1,40 ; Comprimento: 0,80 m.
Ala Richelieu / Cour Puget / Nível entressolo / Sala 105.
Milon de Crotone foi uma escultura encomendada a Pierre Puget (1620-1695) pelo rei Luís XIV (164-1715) para decorar a ala central do Jardins de Versalhes.
Realizado entre 1671 e 1682, com três blocos de mármore de carrara cedido pelo 1° ministro do rei, Jean-Baptiste Colbert (1619-1683).
Puget foi um dos maiores representantes da escultura clássica francesa e um dos introdutores da Arte Barroca na França.
O tema escolhido é uma referência simbólica sobre a FORÇA do homem que se perde, com a passagem do TEMPO.
Milon de Crotone (atual cidade no sul da Itália) foi um famoso atleta do século VI a.C. vitorioso em várias competições nos Jogos Pan-Helênico (540 a.C. – 510 a.C.), antecessor dos nossos Jogos Olímpicos modernos. Ganhou na antiga Grécia, 7 títulos nos jogos Píticos, (Delfos), 9 títulos nos jogos de Nemeu (Nemeia) e 10 títulos nos jogos Ístmicos (Istmia, Sicião).
Segundo a lenda, Milon quando estava com uma idade avançada, ao caminhar por um estrada, encontrou um tronco de árvore semi-aberta, e para provar que ainda era um atleta de força inesgotável, tentou abrir com suas próprias mãos. Ao fazer isso ficou os dedos da mão presas dentro da fenda, e ao esgotar todas suas forças para retirá-las foi devorado por lobos.
A escolha deste tema foi bastante estranha pois como a imagem deixada por Milon, faltava também ao rei Luís XIV, humildade e modéstia.
Milon de Crotone, análise:
Puget realizou um trabalho considerado avançado (ou moderno) para época, pois tomou a liberdade de substituir o lobo da lenda, por um animal mais nobre, como o leão, para representar talvez o rei, sem que ele soubesse dessa intenção de criticar suas qualidades desfavoráveis.
Na obra vemos o grande cansaço de Milon, lutando com todas as suas forças para se soltar do tronco de árvore por um expressão de sofrimento. O corpo é arqueado pela dor.
O rosto tem uma expressão de angústia e desespero.
Os dedos dos pés contraídos reforçam a força intensa que faz para poder sair do impasse.
Em 1683, quando a escultura foi inaugurada nos jardins de Versalhes, a esposa de Luís XIV, a rainha Maria-Teresa da Áustria (1638-1683) teria exclamado: “Oh! o pobre homem!”.
Puget nos faz esquecer que a obra foi talhada no mármore, material duro de se trabalhar . As garras do leão parecem afundar na carne de Milon. Os músculos parecem tensos, as veias aparecem vivas na superfície, dando a sensação que a carne está sofrendo com agressão do leão.
Os três elementos de destaque da escultura são tratados de formas distintas: O homem de forma mais polida, enquanto que o leão, o tronco e solo são tratados de forma mais bruta.
Milon de Crotone foi vencido pela vaidade, recusando sua fraqueza. Sua dor é moral e física. Sua glória humana é efêmera, como simbolizado pela taça conquistada nos Jogos Olímpicos, caído no chão como um objeto sem valor.
Chegou ao Louvre vindo diretamente de Versalhes, em 1819.
Fonte: Site Museu do Louvre. Fotos: Philippe Fuzeau.
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Adorei o comentário. Vou começar a ver as obras com outro olhar. Parabens Tom!!
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Oi Monica, obrigado. Espero levar você, Omar e a galerinha para visitar um dia o Louvre comigo. Abraços a todos!
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Bom dia Tom
Adorei esta materia que voce desenvolveu com sabedoria e simplicidade……muita sutileza para criticar a arrogancia das pessoas que nao sabem envelhecer .
Depois de suas materias o Louvre ja nao e o mesmo para nos …Parabens
Abs Neusa e Silvio
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Bom dia Tom
Adorei esta materia que voce desenvolveu com sabedoria e simplicidade……muita sutileza para criticar a arrogancia das pessoas que nao sabem envelhecer .
tENTANDO MANDAR COMENTARIO
..Parabens
Abs Neusa e Silvio
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Impressionei-me com o realismo da obra e , principalmente com a sua descrição que nos observar com outros olhos todos os detalhes desta magnifica criação de Peuget.
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Adorei saber sobre a história, pois achava estranha a pose do modelo diante do leão, só agora entendi que esta com a mão presa. Fiquei curioso depois de me deparar com uma replica da mesma em um parque.