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Departamento das Antiguidades Egipcianas.
Altura: 1,78 m ; Largura: 0,49 m; Profundidade: 1,10 m.
Ala Sully, nível 1, sala 636, vitrine 8.
“Grande estátua do chanceler Nakhti” ou em francês: “Grande statue du chancelier Nakhti” é uma estátua realizada entre 1950 a.C. e 1.900 a.C., a partir de um único um tronco de madeira da acácia, representando o chanceler Nakhti, do início da 12° dinastia do Império Médio do Egito.
História:
Encontrada em 1903, por uma equipe de arqueólogos franceses que faziam buscas na necrópole de Assiute, (Médio Egito), no vale do rio Nilo, entre as cidades do Cairo e Luxor, e a oeste da cidade atual de Assiute.
Foram descobertas no local 24 túmulos, sendo que 21 estavam preservados dos quatro mil anos de constantes pilhagens pelos caçadores de tesouro e fortunas.
Dentre elas, uma foi especial, pois encontraram o túmulo do chanceler Nakhti, repleta de moveis e objetos funerários de altíssima qualidade. Continha uma capela de oferendas, com duas estátuas de madeira, sarcófagos, modelos de barcos, armas falsas, artigos de toalete, ornamentos de múmia, ou seja o essencial para o falecido se aproximar de sua vida eterna.
Eram tantos objetos, que no final foram repartidos entre o Museu do Louvre e o Museu do cairo. Onde todo mundo ficou feliz e satisfeito.
Na capela da túmulo foram encontrados dois nichos com duas estátuas de madeira em acácia reservado para o culto funerário de Nakhti. Estavam acompanhados por acessórios e utensílios destinados para que Nakhti recebesse oferendas eternamente.
A Grande estátua do chanceler Nakhti é a maior das duas. Em sua base estava a estatueta de uma dama chamada Henen, representada nua.
Análise:
De um realismo surpreendente, essa estátua de madeira conserva ainda os traços da cor original. Um corpo representado de maneira tradicional frontal e rígida, mas com uma tentativa de movimento com o avanço da perna esquerda, e com o gesto da mão esquerda fechada, e a mão direita escondendo o polegar no bolso do seu “pagne”, (vestimenta de linho leve e rudimentar), dando a figura uma impressionante espontaneidade.
Nakhti, se encontra de pé, com a perna esquerda para frente, e com braços alongados junto ao corpo. A mão da direita tem os dedos muito compridos.
O rosto de Nakhti tem uma expressão de tristeza e melancolia, reflexo do período conturbado em que o Egito se encontrava. Os cabelos são curtos e as sobrancelhas sublinhadas por um relevo na madeira.
Seu pagne está preso por um cinto. Tem aparência de uma pessoa esbelta e forte, representado pela presença dos largos ombros, e reforçados pelas formas desenvolvidas das clavículas.
O escultor trabalhou a estátua em um único pedaço de tronco de acácia, material leve e estável para fixação numa base também de madeira de acácia, garantindo a solidez para o conjunto.
Na base, existe uma inscrição em hieróglifos esculpidos na madeira colocada em ângulos retos, indicando que o personagem, Nakhti é uma alta dignidade daquele período. Reconhecido tanto no mundo dos mortos como no mundo dos vivos.
Fonte: Museu do Louvre.
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Muito interessante os artigos sobre as personalidades egípcias, em especial, o faraó Aquenaton e sua mulher Nefertiti. Adorei a matéria sobres a grande Esfinge de Tânis.