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O Cetro de Carlos V ou “Sceptre de Charles V”.
Departamento de Objetos de Arte.
Proveniente dos tesouros abadia de Saint-Denis.
Estatueta de ouro representando Carlos Magno, rei dos francos (768-814) e imperador do Ocidente (800-814) sentado no trono, com sua coroa imperial. O conjunto está apoiado por uma flor-de-lis, de seis pétalas, símbolo da monarquia francesa, (Poder Real, Verdade, Fé e a Santa Trindade).
A bola ou o nó (em prata dourada), estão presentes em relevos decorados, três imagens da aparição de São Tiago Maior (apóstolo de Jesus) a Carlos Magno:
1° – São Tiago o evangelista com sua aureola divina, capa de peregrino e chapéu espanhol arredondado, dando ordens a Carlos Magno de coroa e longa barba segurando uma espada e a orbe, (simbolo cristão representado por um globo terrestre que dá autoridade divinas ao rei que lhe segura), ir a Compostela (Espanha) lidos invasores Sarracenos.
2° – Carlos Magno e seus soldados se prostraram diante de São Tiago depois de descobrirem que a madeira de sua lança, plantada no chão no dia anterior, florescera miraculosamente durante a noite.
3° – São Tiago luta contra um demônio para arrancar de suas mãos, a alma de Carlos Magno, representada na forma de uma criança nua, enquanto os restos (despojos) do rei estão na parte inferior.
Obra realizada por artista desconhecido, para servir como um dos objetos simbólicos de sagração divina de Carlos V (1364-1380), no dia da sua coroação como rei da França, mas não é certo que tenha utilizado, talvez tenha ordenado sua realização como provisão do coroamento de seu filho Carlos VI (1380-1422).
Feito de materiais caros, ouro, pérolas, pedras preciosas (hoje substituído por elementos de vidro), o cetro de Carlos V é um luxo justificado por sua função e prestígio. Sua fabricação também servia como propaganda politica e artística do “savoir-faire” francês.
A estatueta de Carlos Magno tem um rosto com uma estrutura óssea bem marcada, maçãs do rosto proeminentes, olhos profundo, nariz fino e uma longa barba bifurcada.
Este cetro é, sem dúvida, um dos mais belos objetos criados na corte da França sob o reinado de Charles V. Ele testemunha a ascendência dos objetos de artes preciosas francesas.
Carlos V, rei construtor e sábio colecionador, juntamente com seus irmãos Luís de Anjou, Jean de Berry e Filipe Audaz (ou “Hardi”), foram os grandes mecenas a impulsionarem a arte puramente francesa.
Napoleão Bonaparte também utilizou esse cetro no dia da sua coroação como o 1° imperador dos Franceses em 02 de dezembro de 1804.
O Cetro de Carlos V foi usado como um dos instrumento da “Regalia”, (objetos sagrados simbólicos de Deus para um poder temporal de um rei) em várias cerimonias de coroação, de Carlos VI (1380) até a de Carlos X (1825).
Podemos vê-lo em pelo menos em duas pinturas oficiais : Luis XV e Napoleão Bonaparte I°.
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