Cabeça de uma estátua feminina do tipo dos “ídolos com braços cruzados”

Cabeça de uma estátua feminina do tipo dos “ídolos com braços cruzados”

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Cabeça de uma estátua feminina do tipo dos “ídolos com braços cruzados” ou Tête d’une statue féminine du type des “idoles aux bras croisés“. Estátua em mármore, de altura de 0,27 m. Autor desconhecido da escola: Grupo de Siros. Proveniente da Ilha desabitada de Kéros, datada entre 2700 – 2300 a.C.

Excepcional em tamanho, esta cabeça fragmentária é considerada uma das joias e um dos primeiros testemunhos da escultura grega em mármore, que floresceu nas Cíclades durante o início da Idade do Bronze.

Cabeça de uma estátua feminina do tipo dos "ídolos com braços cruzados"
Estátua (lado). Foto: @ 2006 Museu do Louvre / Daniel Lebée e Carine Deambrosis.

O tema privilegiado é o dos ídolos femininos nus, em pé na ponta dos pés e braços cruzados sob o peito. Apesar de uma grande série de estatuetas a iconografia e a função dessas obras permanecem misteriosas.

Originalmente com cerca de 1,50 m de altura retratava uma mulher nua, com os braços cruzados sob o peito, as pernas juntas sobre as pontas dos pés.

Uma composição aparentemente simples trabalhada pelo polimento no mármore resultou numa imagem pura e equilibrada.

Apenas os relevos dos ouvidos (invisíveis olhando de frente) e o nariz são notados criando assim uma animação em volta da escultura.

Cabeça de uma estátua feminina do tipo dos "ídolos com braços cruzados"
Estátua (costas). Foto: @ 2006 Museu do Louvre / Daniel Lebée e Carine Deambrosis.

Verdadeiro desenho geométrico, envolvendo um aguçado sentido de abstração que seduziu muitos artistas do século XX, como Brancusi, Modigliani ou Picasso.

Um significado enigmático

Não sabemos o significado exato dessas figuras, batizadas indevidamente de “ídolos”, bem como sua função inicial e apresentação. Muitas hipóteses foram formuladas, como deusas da fertilidade que evocam a imagem de uma mulher dando à luz; outros interpretam como a representação do falecido ou um protetor dos mortos ou um servo para a vida após a morte.

No entanto, a sua utilização não foi apenas funerária, pois foram descobertos tanto em cemitérios como em habitações, apresentando por vezes vestígios de antigas reparações.

Localização da obra:

Departamento de Antiguidades Gregas, Etruscas e Romanas.

Ala Denon, nível -1, sala 170

Ala Denon, nível -1, sala 170, grupo de Siros.

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Fonte: Museu do Louvre.

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