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Depósito do Templo de Inshushinak faz uma parte da coleção de objetos de várias épocas que estavam soterrados e descobertos em 1904, pelo arqueólogo francês, engenheiro de minas, Jean-Jacques de Morgan (1857-1924), perto do Templo de Inshushinak, deus protetor da cidade de Susa (atual Shush), antiga capital do Elam, localizada no sudoeste do Irã (antiga Pérsia Primitiva).
Entre os achados estavam brinquedos, móveis, oferendas, pequenas esculturas de animais sobre rodas, estatueta de orantes em bronze, carroças, joias, lingotes de ouro…E que por um motivo desconhecido, todos esses objetos haviam sido escondidos num local secreto, durante dinastia “Shutrukid”, entre 1200 a.C. e 1100 a.C.
O arqueólogo Morgan tinha um duplo objetivo para fazer as buscas em Susa: 1° revelar as evidências da civilização elamita, cuja importância era indiretamente conhecida por alusões dos assírios que destruíram Susa em 648 a.C. e 2° descobrir as próprias “origens” da civilização oriental, que ele supunha ter sido derivado dos Susianos.
Em 1900, Mozafar Adim Xá Cajar , rei da Pérsia, entre 1896 a 1907, assinou um tratado especial concedendo à França todas as antiguidades encontradas ou que seriam descobertas em Susa. Dessa forma, o Museu do Louvre passou a funcionar como depositário de um conjunto completo de material arqueológico, e inédito nas expedições arqueológicas.
O carregamento inicial em 1901 foi de importância única, contendo o “Código de Hammurabi”, a “Estela de Naram-Sin”, uma grande mesa de bronze que exibia a habilidade única dos metalúrgicos elamitas da época e outros objetos.
As peças exibidas hoje no Louvre representam apenas uma pequena parte deste conjunto de obras, e todos fazem parte da era Médio-Elamita (1500 a.C. e 1100 a.C.).
Leão sobre rodas.
Poderoso e majestoso, o leão é o atributo animal da deusa Narundi, divindade susiana equivalente de Inanna / Ishtar, deusa mesopotâmica do amor e da guerra. O leão, portanto, ocupa um lugar importante no bestiário elamita.
Esculpido em calcário branco finamente trabalhado foi colocado sobre suporte escuro, em mástique de betume. Podendo ser empurrado para sua locomoção para servir como um brinquedo com rodas da época, (um tipo de carrinho) ou para servir como oferenda a divindade Narundi.
Porco espinho sobre rodas.
Embora a representação do porco espinho não seja tão difundida quanto a do leão, este pequeno animal está bem presente em objetos de Susa a partir do quarto milênio a.C. (amuletos, garrafas…).
Esculpido em calcário branco finamente trabalhado foi colocado sobre suporte escuro, em mástique de betume. Os elementos adicionados (olhos, orelhas, cauda), provavelmente feitos de um material diferente, desapareceram, assim como os dois pequenos filhotes cuja presença é marcada por quatro furos que deveriam servir para fixá-los na base.
Brinquedos ou objetos de oferendas?
A função desses animais com rodas permanece incerta, pois objetos em terracota também foram encontrados no sítio arqueológico de Susa, levantando a questão se eles deveriam ser considerados brinquedos de crianças para serem puxados com barbante ou carrinhos votivos com figuras significativas com conotação religiosa e servir como oferenda a uma divindade local ou para ser enterrada ao lado de uma pessoa falecida.
Localização no Louvre:
Esses objetos como diz o próprio título do artigo pertencem a um grupo chamado “Depósito do Templo de Inshushinak” e estão em exposição na ala Sully, nível térreo, sala 304, vitrine 8.
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Fonte: Museu do Louvre. Foto capa: Hervé Lewandowski
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DEIXO MEU COMENTÁRIO ENCANTADA COM SUA DISPOSIÇÃO EM NOS TRAZER ESTAS RELÍQUIAS . O LOUVRE PARA NÓS BRASILEIROS NÃO SERIA O MESMO SEM SUA DEDICAÇÃO E EMPENHO PARA NOS MOSTRAR ESSAS SUTILEZAS ,OBRIGADA E PARABÉNS SILVIO E EU ADORAMOS SEU TRABALHO .
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Tom Pavesi, voce é incansável em nos proporcionar ótimas leituras. Obrigada.
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Obrigada Tom por tornar o nosso confinamento mais prazeroso !
Amo suas postagens !
Aguardo ansiosamente!
Abraços