A Jovem Mártir, de Paul Delaroche

A Jovem Mártir, de Paul Delaroche

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A Jovem Mártir, de Paul Delaroche (em francês, “La Jeune Martyre”) é um pintura a óleo realizada em 1855 impressionantemente bela, mas também um pouco perturbadora.

Perturbadora não apenas pelo o título, mas porque há algo real sobre essa jovem Mártir de Paul Delaroche, pois ao olharmos para obra parece que ela acabou de morrer. O sentimento evocado é tão forte que quase sentimos que se alguém chegasse um minuto antes poderia tê-la salva.

Descrição da obra:

A Jovem Mártir foi concluído em 1855, um ano antes do falecimento do artista. O quadro é uma representação da morte de uma jovem mártir cristã associado a época das perseguições aos cristãos durante o reinado do imperador Diocleciano (284-305).

O pintor marcado pela morte de sua mulher Louise Vernet, em 1845, aos 31 anos (filha do pintor Horace Vernet), abandona seu estilo de pintar conhecido como “anedota histórica” (ou cenas históricas), para fazer deste tema uma rigorosa alegoria do sacrifício da juventude.

A Jovem Mártir, de Paul Delaroche
“A Jovem Mártir”, de Paul Delaroche. Museu do Louvre.

Com a utilização do óleo na pintura, pôde dar um belo efeito de claro-escuro e tons cinza-azulados que compõe perfeitamente com a tristeza do tema.

A história começa no alto a esquerda onde mal conseguimos distinguir as figuras do casal desesperado ao ver uma mulher cristã falecida flutuando sobre o rio Tibre.

A Jovem Mártir, de Paul Delaroche
Detalhe no alto a esquerda, “A Jovem Mártir”, de Paul Delaroche. Museu do Louvre.

Embora as identidades dos personagens não sejam definidos, acredita-se que sejam os pais da jovem que acenam desesperadamente pedindo ajuda ou desnorteados pela morte da filha.

Enquanto o sol se põe atrás do casal, podemos observar que os últimos raios de luzes, caem diretamente sobre a Jovem Mártir.

A Jovem Mártir, de Paul Delaroche
Pôr do sol sobre “A Jovem Mártir”, de Paaul Delaroche. Museu do Louvre.

Analisando a jovem flutuando suavemente nas águas do rio Tibre, observamos que as mãos estão amarradas por uma corda, sugerindo uma rigidez do corpo pós morte (“rigor mortis”).

Delaroche conseguiu detalhar minunciosamente as pequenas ondulações do rio ao redor do corpo da Jovem Mártir.

E sobre a cabeça, o halo do martírio cristão, apresentado de forma bem nítida e precisa, e mesmo surreal em relação com o resto da pintura. Esse anel luminoso serve como a principal fonte de luz sobre a Jovem Mártir.

Dimensões da obra: Altura: 1,75 metros ; Largura; 1,48 metros.

Localização da obra:

Departamento de pinturas.

Ala Denon, sala Denon, nível 1, sala 701.

Ala Denon, sala Denon, nível 1, sala 701.

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Fonte: Museu do Louvre. 

Fotos: A. Dequier e M. Bard.

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